Você já ouviu falar em vitamina para memória? Algumas vitaminas são essenciais para que as funções do cérebro funcionem de maneira adequada.
A memória é uma função cognitiva complexa do cérebro que envolve a capacidade de adquirir, armazenar, reter e recuperar informações e experiências do passado.
Ela desempenha um papel essencial em nossa vida cotidiana, permitindo-nos aprender com experiências passadas, tomar decisões, resolver problemas e manter uma sensação de continuidade de nossa identidade e conhecimento.
Neste conteúdo vamos explorar mais sobre a relação entre as vitaminas e outros nutrientes relacionados à memória, concentração e conservação das funções cognitivas. Confira!
As vitaminas para memória são aquelas essenciais para garantir o bom funcionamento das funções cerebrais, inclusive o funcionamento da memória. Elas podem ser adquiridas através da alimentação e quando necessário também por meio da suplementação.
Popularmente as pessoas se referem ao termo vitaminas para memória. Mas, na verdade, são diversos nutrientes que são importantes e contribuem para a função cognitiva como minerais, enzimas, aminoácidos entre outros.
Esse é um dos motivos recorrentemente afirmados por muitos especialistas: a importância da alimentação ser equilibrada, fornecendo todos os nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo.
A memória é um processo complexo que envolve a comunicação entre as células nervosas (neurônios) no cérebro, a formação de novas conexões sinápticas e a manutenção de informações ao longo do tempo.
As vitaminas e nutrientes, atuam em várias funções metabólicas que podem influenciar positivamente a memória.
No entanto, quando há deficiência, o organismo pode sentir falta, prejudicando o bom funcionamento das funções cerebrais.
A relação entre a memória e os nutrientes está relacionada ao papel que estes desempenham na saúde do cérebro e na função cognitiva.
Alguns estudos já estão investigando a relação entre a deficiência de vitaminas e a perda de funções cognitivas, como veremos ao longo deste artigo.
Mas vale lembrar que a memória também é afetada por uma variedade de fatores, incluindo estilo de vida, genética, sono e exercício, portanto, cuidar desses aspectos é fundamental para a manutenção de uma memória saudável.
A vitamina E tem papel importante no organismo, pois atua como um potente antioxidante. Ela está relacionada com o retardo do envelhecimento, por meio do combate aos radicais livres. Assim, protege o organismo das ações de oxidação que são comuns, especialmente com a chegada da terceira idade.
Ela pode ser encontrada, principalmente, em óleos e gorduras. Mas, também está presente em alguns vegetais, frutas e cereais integrais.
O magnésio é um mineral essencial para o organismo e, em especial, para a memória. O Magnésio participa de mais de 300 funções metabólicas e, entre essas funções, pode-se citar a importância do mineral na transmissão dos impulsos nervosos e também na comunicação entre os neurônios.
O mineral ainda contribui para regular o fluxo sanguíneo no cérebro sendo fundamental para a saúde.
Boas fontes de magnésio são as sementes, como, por exemplo, a de linhaça e de abóbora. Castanhas e também os vegetais escuros como espinafre e acelga são ótimas fontes desse mineral.
Há também disponível no mercado diversos suplementos alimentares que contêm magnésio, podendo estes atuarem como fonte complementar à alimentação diária.
A vitamina D também tem benefícios para o cérebro. Um estudo da Universidade de Exeter investigou a relação da vitamina com a redução do risco de Alzheimer, em pessoas idosas.
Os pesquisadores descobriram que os participantes do estudo com deficiência grave de vitamina D tinham duas vezes mais chances de desenvolver demência e doença de Alzheimer, condição cujo principal sintoma é a perda de memória recente.
Participaram do estudo 1600 pessoas com mais de 65 anos e foi analisado que os pacientes que tinham deficiência moderada de vitamina D possuíam 53% a mais de risco de desenvolver demência. Além deste aspecto, quem tinha deficiência grave da vitamina D, o risco aumentou para 125%.
No estudo, destacou-se a necessidade de estudos clínicos para saber se a ingestão de alimentos com vitamina D e suplementos podem prevenir o aparecimento do Alzheimer.
A principal fonte de vitamina D é a exposição solar com regularidade. O corpo humano produz os precursores de vitamina D, mas precisa da exposição solar para sintetizá-la.
O ômega 3 é um tipo de ácido graxo saudável muito associado à memória e à cognição.
Formado por ácidos eicosapentaenoico (EPA) e docosahexaenoico (DHA), uma de suas funções é atuar na proteção das membranas cerebrais contra lesões ocasionadas pela idade avançada.
Em uma pesquisa divulgada pelo Jornal Americano de Nutrição Clínica, pesquisadores chegaram à conclusão de que a suplementação de DHA, componente do ômega 3, melhorou a memória e o tempo de reação em adultos jovens saudáveis.
O DHA também melhorou a memória episódica e a memória de trabalho durante o período de pesquisa.
A memória episódica é responsável pelo armazenamento de momentos autobiográficos, (como tempo, lugares, emoções, etc.) e a memória de trabalho armazena temporariamente informações enquanto uma tarefa está sendo realizada, como em uma leitura, por exemplo.
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O zinco também é um nutriente relacionado à memória e concentração, representando um mineral envolvido em diversas funções no organismo.
Seu principal papel é atuar no desenvolvimento neurológico e na comunicação entre neurônios.
Essa atuação pode contribuir não só para a memória, mas também para o aprendizado de crianças e adolescentes.
Boas fontes de zinco para nosso organismo são os alimentos de origem animal. Para pessoas que seguem dietas restritivas, como vegana ou vegetariana, é importante enriquecer sua dieta com castanhas e grãos.
Nestes casos, a dose diária recomendada de zinco, é de 11 mg por dia, público alvo 19 anos ou mais.
Muitos suplementos alimentares, como os polivitamínicos possuem em sua composição zinco.
As vitaminas do complexo B tem sua fama associada à melhora da concentração e da memória e elas realmente possuem diversas funções que beneficiam o funcionamento do sistema nervoso.
A vitamina B6, por exemplo, tem um papel fundamental no metabolismo da homocisteína. Essa substância é associada com o aumento do risco de transtornos neuropsiquiátricos, como mostra um estudo publicado na Revista Brasileira de Psiquiatria.
Já a vitamina B3 contribui para a memória, concentração e até auxilia no combate ao estresse; já a vitamina B1 contribui no metabolismo cerebral e outras vitaminas do complexo B também têm funções importantes para a memória.
Outra vitamina para memória é a C, encontrada em alimentos como laranja, mamão, acerola, repolho-roxo e couve-flor.
A falta dessa vitamina no corpo está relacionada ao comprometimento cognitivo, de acordo com um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Flinders, na Austrália.
Segundo eles, uma proporção substancial grande de pacientes idosos hospitalizados apresentava deficiência de vitamina C, mas eles destacam a necessidade de outros estudos para confirmar a associação.
No entanto, uma função comprovada da Vitamina C é a sua atuação como antioxidante, já que ela ajuda a proteger as células cerebrais dos danos causados pelos radicais livres livres, o que também é um ponto positivo para a manutenção das funções cognitivas.
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A luteína é um carotenoide conhecido por suas funções antioxidantes. A substância é encontrada no cérebro e, por isso, os pesquisadores estão investigando a sua relação com a memória e a cognição.
Um artigo analisou uma série de propriedades e efeitos benéficos da luteína, especialmente na saúde ocular, pois sabe-se que ela ajuda na prevenção da doença macular.
Mas além das funções oculares, o papel da luteína foi investigado em mulheres mais velhas e notou-se que a suplementação melhorou significativamente algumas funções cognitivas, como fluência verbal, pontuações de memória e aprendizagem eficiente.
A revisão também demonstrou que a substância pode ser eficaz na melhoria da memória espacial e na capacidade de raciocínio.
Uma alimentação equilibrada desempenha um papel fundamental na manutenção de uma memória saudável.
Incluir uma variedade de alimentos ricos em nutrientes, como frutas, verduras, grãos integrais, peixes ricos em ômega-3 e proteínas magras, é essencial para fornecer ao cérebro os nutrientes que ele precisa para funcionar corretamente.
Em alguns casos, pode ser necessário recorrer à suplementação de vitaminas e outros nutrientes relacionados à memória.
Situações de deficiência nutricional comprovadas ou condições médicas que afetam a ingestão de nutrientes podem exigir a suplementação de nutrientes específicos.
Uma abordagem completa inclui dieta, atividade física, sono adequado e gerenciamento do estresse, fatores essenciais para promover uma memória e saúde cerebral excelentes.
É importante mencionar que a suplementação deve ser realizada sob a supervisão de um profissional de saúde, que pode avaliar a necessidade individual e recomendar a dosagem ideal.
Diversos nutrientes, entre vitaminas e minerais, desempenham um papel relevante nas funções cognitivas. Assim, podemos afirmar que há uma relação entre as vitaminas e a memória.
Os nutrientes também auxiliam na proteção contra o envelhecimento cerebral, pois agem como antioxidantes, combatendo os radicais livres e promovendo a comunicação eficaz entre neurônios.
Vitaminas como E, D, complexo B, C, ou mesmo ômega-3, zinco e luteína demonstraram impacto positivo na memória e na cognição.
Também é fundamental lembrar que uma alimentação equilibrada e diversificada é uma base para fornecer esses nutrientes para o bom funcionamento do organismo. Além disso, adotar um estilo de vida saudável é um passo essencial para manter a mente e a memória afiadas.
A suplementação pode ser considerada como uma boa aliada. Recomendamos que esta seja com orientação médica para melhores resultados individuais.
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